quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Das segundas vezes

A questão é:
A segurança vem quando?
Na primeira faculdade eu não tinha certeza de nada ao mesmo tempo que havia saído do ensino médio cheia de segurança. Porque ser adolescente é ser formado em aparentar segurança, uma forma de barreira do mundo exterior, mesmo que por dentro se esteja quebrado.
A faculdade passou, segmentada em cinco anos de aulas mal aproveitadas, textos mal lidos e uma formação que poderia ter sido melhor embora eu saiba que, de alguma forma, absorvi algum conteúdo.
O primeiro emprego veio completamente não relacionado com a faculdade, junto com medo e empolgação de início e as eventuais depressões com o estado de vida em que me encontrava.
A segunda faculdade surgiu dessas depressões e me completou por dois anos e, desta vez, eu aproveitei tudo o que deveria, criticando mais o curso, as matérias e tudo relacionado porque já havia feito a primeira faculdade. A segurança estava lá, de certa forma, mas o contentamento não.
O segundo emprego veio, desta vez relacionado com a faculdade, mas a segurança não seguiu junto de mãos dadas.
Virá ela no segundo emprego da mesma área?
Penso nessa linha de tempo e me questiono se a tal segurança vem do tempo, da vontade, da relação com os colegas de trabalho ou simplesmente do conhecimento do que se está fazendo.
Eu não me sinto segura nem com certos amigos, quem dirá com desconhecidos. Eu mal me sinto segura fazendo o que sempre fiz, quem dirá coisas novas.
Acho que o lado que equilibra é a vontade de aprender. E só ela.
E creio que a atriz adolescente que mostrava segurança ainda existe, e cada dia melhor, pois convive num mundo cheio de outros atores que não inspiram confiança alguma, mas são o retrato dela.

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